Nos últimos anos, muito se falou sobre o novo coronavírus (Covid-19) — responsável por uma das piores pandemias da história. Porém, outras doenças acabaram não recebendo tanto destaque nos noticiários, mas que precisam ser faladas. Esse é o caso da pneumonia, uma das principais causas de morte em idosos e crianças com até cinco anos de idade.
Entre 2015 e 2017, oito em cada dez mortos pela doença foram de pessoas idosas, o que corresponde a mais de 80% dos óbitos por complicações da pneumonia. Além disso, no mesmo período, aconteceram 200 mil falecimentos pela enfermidade: uma média de 66,5 mil casos por ano.
Já entre as crianças com até cinco anos de idade, dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) apontam para 802 mil mortes de meninos e meninas somente em 2018. Informações indicam que duas crianças vêm a óbito a cada dois minutos, o que representa 16% dos falecimentos infantis em todo mundo, além de 80% das fatalidades de pessoas abaixo dos dois anos.
Em contrapartida, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) aponta que a taxa de mortalidade da pneumonia tenha tido uma redução de 25,5% entre 1990 e 2015. Apesar desse registro, a quantidade de internações e o alto custo do tratamento se tornam um dos grandes desafios para o sistema de saúde, principalmente no setor público.
Neste 12 de novembro acontece o Dia Mundial da Pneumonia. A data foi instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2009 para conscientizar as pessoas sobre a enfermidade e a sua prevenção. Então vamos conhecer um pouco mais sobre a doença? É só ler os próximos parágrafos!
A doença
A pneumonia é uma inflamação aguda que atinge os pulmões e pode ser causada de diversas maneiras: bactérias, vírus, fungos e até mesmo pela inalação de produtos tóxicos. A transmissão pode acontecer pelo ar, saliva, secreções, transfusão de sangue e como consequência da maior exposição a microrganismos durante o inverno.
Entre os principais sintomas estão: tosse com expectoração, dor no peito, mal-estar, falta de ar e febre. Já os fatores de risco estão o tabagismo, o consumo excessivo de bebida alcoólicas, resfriados e mudanças bruscas na temperatura.
A prevenção pode acontecer com a higienização das mãos, não fumar e evitar bebidas alcóolicas e se vacinar — pode ser o imunizante contra a gripe ou com a antipneumocócica, que combate as pneumonias causadas pela bactéria pneumococo.