O Outubro Rosa é um movimento mundial para conscientização e prevenção do câncer de mama. Em todo o globo, o câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 2,3 milhões de novos casos foram estimados
para 2020, o que representa cerca de 24,5% de todos os tipos de neoplasias diagnosticadas em mulheres.
Somente para o Brasil, foram estimados 66.280 novos casos da doença em 2021 — sendo 61,61 casos a cada 100 mil mulheres. Como se não bastasse, o câncer de mama é o tipo que mais mata mulheres no país. Em 2019, a taxa de mortalidade ajustada por idade, levando em consideração a população mundial, ficou em 14,23 para cada 100 mil mulheres. O Sul e o Sudeste são as regiões com maior incidência e índice de morte.
Por isso é bastante importante entender os fatores de riscos, conhecer os possíveis sintomas da doença e como diagnosticá-la. Quer saber mais? Então não deixe de ler os próximos parágrafos!
Fatores de risco
De uma maneira geral, o câncer de mama é causada por alterações genéticas — sendo diretamente associada à biologia celular. O surgimento da doença pode ser estimulado por diferentes fatores ambientais, tais como:
- tabagismo;
- uso de hormônios;
- obesidade;
- alcoolismo.
Estatísticas apontam que, em 5% a 10% dos casos, o tumor é ocasionado por mutações genéticas. Dessa forma, pessoas com histórico de câncer de mama na família — sobretudo em mulheres com menos de 35 anos — devem ficar atentas!
Prevenção
Devido ao componente genético, não é possível prevenir totalmente o aparecimento do câncer de mama. Por isso o diagnóstico precoce da doença é tão importante, já que quanto mais cedo for diagnosticado, maiores as chances de recuperação da enfermidade.
Isso porque o diagnóstico precoce permite identificar o tamanho e a agressividade do tumor, o que orientará o tratamento médico a ser realizado — e esse fator poderá ser decisivo para a cura.
Para se prevenir e, se for o caso, fazer a identificação precoce do câncer de mama, é necessário realizar consultas de rotina e anual com o médico, além de realizar o autoexame. Além disso, alguns hábitos saudáveis também são importantes, como:
- controle do peso;
- prática de atividade física;
- evitar abuso de bebidas alcoólicas;
- evitar o fumo;
- evitar uso de hormônios por tempo prolongado.
Sintomas
O câncer de mama está relacionado ao surgimento de nódulos normalmente indolores, mas duros e irregulares. De maneira menos frequente, esses nódulos podem ser macios e arredondados. No autoexame é possível identificar esse sintoma.
Outros sinais a serem observados são:
- inchaço em parte da mama;
- irregularidades ou retrações na pele da mama;
- dor ou inversão do mamilo;
- vermelhidão e descamação do mamilo ou na pela da mama;
- saída de secreções pelo mamilo.
Diagnóstico
A mamografia e a ultrassonografia são os exames mais utilizados no rastreamento do câncer de mama. Realizados em conjunto, esses testes diagnosticam perto de 95% dos casos. A primeira mamografia deve ser feita aos 40 anos e, a partir daí, com realização anual do exame.
Já a ressonância nuclear magnética é usada para avaliar as áreas identificadas na mamografia ou na ultrassonografia que podem apresentar o câncer.