Exames de rotina, como de urina, sangue e fezes, são fundamentais em qualquer etapa da vida. Por meio deles, o médico pode avaliar nosso estado geral de saúde e, se for o caso, diagnosticar e tratar rapidamente algumas doenças, aumentando as chances de cura.
No entanto, a partir dos 60 anos, esses exames se tornam ainda mais importantes. Nessa fase, o risco de contrair algumas doenças aumenta e é importante estar atento para garantir que sua qualidade de vida e bem-estar sejam mantidos.
Afinal, para que serve o exame de urina?
Um dos exames de rotina mais comuns, o exame de urina tem como objetivo fornecer ao médico informações sobre o estado geral de diferentes sistemas do organismo.
Por meio dele, é possível diagnosticar a presença e acompanhar a evolução de problemas urinários e doenças renais, bem como de doenças que não estão diretamente relacionadas ao órgão, como hipertensão e diabetes, bastante comuns em pacientes idosos.
Quais são os tipos de exame de urina mais comuns?
Existem três tipos de exame de urina que costuma ser solicitados com frequência pelos médicos. Saiba mais sobre cada um deles:
1. Urina tipo 1 ou EAS
Bastante simples de ser realizado — basta colher em um frasco estéril a primeira urina da manhã, desprezando sempre o jato inicial, que costuma conter impurezas presentes na uretra — o exame de urina tipo 1 ou EAS (elementos anormais do dedimento) tem como objetivos principais identificar infecções urinárias e oferecer informações para o acompanhamento de doenças crônicas.
Esse tipo de exame também oferece dados importantes sobre a condição renal do paciente, auxiliando no diagnóstico de uma série de doenças.
A presença de proteínas na urina, por exemplo, pode ser indicativa de problemas nos glomérulos renais, estruturas responsáveis pela filtragem do sangue. Já se houver glicose na amostra, é possível que o paciente tenha diabetes ou doenças nos túbulos renais.
2. Urina de 24 horas
Utilizado para identificar alterações na urina ao longo do dia, esse tipo de exame pode identificar uma série de doenças, como cálculos nas vias urinárias ou insuficiência renal. O teste também é bastante utilizado para identificar quadros de pré-eclâmpsia durante a gravidez.
Para realizá-lo, é necessário armazenar em frascos estéreis amostras de todas as urinas em um período de 24 horas, inclusive as do período noturno, desprezando apenas a primeira do dia. O procedimento deve ser finalizado no dia seguinte da coleta inicial, no mesmo horário.
3. Urocultura ou cultura de urina
Geralmente, a urinocultura ou cultura de urina é solicitada pelo médico para confirmar a suspeita de uma infecção provocada por bactérias.
Embora o exame de urina tipo 1 possa identificar a presença de infecções, somente esse tipo de teste consegue apontar com exatidão qual tipo de bactéria está provocando o problema, informação importante para que o médico possa prescrever o tratamento mais adequado.
Para realizá-lo, é necessário fornecer uma amostra de urina — sempre que possível, a primeira da manhã — em um frasco estéril. Na sequência, a amostra coletada é colocada em um meio que favoreça o crescimento de microrganismos, o que permite a identificação das bactérias e germes que estão se proliferando.
Por isso, o exame de urina é fundamental para os idosos que querem cuidar da sua saúde e garantir mais qualidade de vida, bem-estar e independência. Não deixe de realizá-lo sempre que o seu médico solicitar ou, no mínimo, durante os seus exames de rotina anuais!
Fonte: Especialmed