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Setembro em Flor: especialista do HNSD esclarece os riscos e a prevenção do câncer ginecológico

24 de setembro de 2024
Tempo de leitura: 4 min

Dentre os cânceres ginecológicos, o mais prevalente no Brasil é o câncer do colo do útero, doença passível de prevenção e curabilidade, porém para 2024 a expectativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) é de 17 mil novos casos.

A ginecologista do HNSD, especialista em cirurgia ginecológica, dra. Ana Luiza Alvarenga, fala nesta entrevista sobre os cânceres ginecológicos e um pouco mais sobre o câncer de útero.

Segundo a ginecologista, os tipos de câncer ginecológicos mais comuns incluem câncer de colo do útero, câncer de ovário, câncer de endométrio (útero), câncer de vagina e câncer de vulva. Entre eles, o câncer de colo do útero e o de endométrio são os mais freqüentes, afetando um número significativo de mulheres em todo o mundo. Nesta entrevista você encontra informações relevantes sobre prevenção, sintomas e diagnóstico.

O que é o câncer do útero e como ele acontece?

O câncer do útero, especificamente o câncer de endométrio, ocorre quando células malignas se desenvolvem no revestimento interno do útero, chamado endométrio. Ele geralmente se manifesta quando o endométrio passa por alterações anormais, frequentemente associadas a estímulos hormonais desregulados. Esse câncer pode crescer localmente e invadir outros tecidos adjacentes ou se disseminar para outras partes do corpo.

Quais são os principais fatores de risco associados ao desenvolvimento do câncer do útero?

Os principais fatores de risco incluem idade avançada, obesidade, diabetes, hipertensão arterial, histórico de terapia hormonal sem controle adequado, menarca precoce, menopausa tardia, ausência de gestação e histórico familiar de câncer endometrial ou de mama. Síndromes hereditárias, como a Síndrome de Lynch, também aumentam o risco.

Quais os principais sintomas da doença?  

O sintoma mais comum é o sangramento vaginal anormal, especialmente após a menopausa. Outros sinais incluem dor pélvica, secreção vaginal incomum e, em estágios mais avançados, perda de peso não intencional e dor abdominal.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é feito a partir da avaliação clínica e exames de imagem, como ultrassonografia transvaginal. A confirmação ocorre por meio de uma biópsia do endométrio, seja por Histeroscopia ou curetagem uterina, o que permite a análise das células para identificar a presença de malignidade.

Qual é a importância do exame Papanicolau e da vacinação contra o HPV na prevenção do câncer?

O exame Papanicolau é crucial para a detecção precoce de alterações celulares no colo do útero, prevenindo o desenvolvimento do câncer cervical, que é causado pelo HPV. A vacinação contra o HPV protege contra os tipos mais agressivos do vírus, responsáveis pela maioria dos casos de câncer do colo do útero, oferecendo uma estratégia preventiva essencial.

O que as mulheres podem fazer para reduzir o risco de desenvolver câncer do útero?  

Manter um peso saudável, adotar uma dieta equilibrada, praticar exercícios físicos regulares, controlar doenças como diabetes e hipertensão, e fazer acompanhamento ginecológico regular são medidas importantes para reduzir o risco de câncer de útero. A vacinação contra o HPV e o uso de contraceptivos hormonais sob orientação médica também têm um papel preventivo.

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