O número de homens que consultam médicos aumentou em 49,96% entre 2016 e 2020, de acordo com o Sistema de Informação Ambulatorial (SIA), do Sistema Único de Saúde (SUS) — passando de 425 milhões para 637 milhões de atendimentos no período. Porém, a população masculina ainda está bem atrás das mulheres quando o assunto é atenção à saúde.
Dados do Programa Nacional de Saúde (PNS) de 2019 revelam que apesar de 76,2% da população terem ido ao médico naquele ano, o que corresponde a cerca de 160 milhões de pessoas, a proporção de mulheres (82,3%) superou em muito a dos homens (69,4%).
O presidente da Sociedade Brasileira de Urologista (SBU), Antonio Carlos Pompeo, ressaltou que a mulher vive em torno de sete a dez anos mais do que o homem por várias razões, inclusive hormonais, e que a maior atenção dada pelo sexo feminino à saúde vem desde a adolescência.
O homem, pela característica machista, muitas vezes considera a ida ao médico como uma fraqueza. Pesquisa feita pela SBU com crianças e jovens estudantes de 12 a 18 anos de idade mostrou que 30% das meninas nessa fase já foram a uma consulta médica, contra 1% dos homens que procuraram um especialista para atendimento de avaliação. “É uma coisa gritante”, disse Pompeo.
Fonte: Agência Brasil