O raquitismo é uma doença que pode provocar sérios danos ao desenvolvimento infantil. Segundo o endocrinologista Matheus Alves Álvares, do Sabará Hospital Infantil, os bebês de três a 36 meses são os mais afetados e, por isso, é fundamental conhecer o problema e saber identificar os seus sintomas.
Os sintomas do raquitismo variam de acordo com o caso, mas os ossos costumam ser os mais afetados. Afinal, a doença é caracterizada por problemas na mineralização óssea devido à falta de vitamina D, cálcio ou fósforo.
De acordo com a ortopedista Daniela Rancan, do Sabará Hospital Infantil, os primeiros sinais do raquitismo podem surgir no primeiro ano de vida e piorar com o avanço da idade. Entre eles estão:
1. Apatia
Esse pode ser um sintoma difícil de identificar em crianças, especialmente nas menores que cinco anos. Normalmente ele se manifesta a partir da dificuldade de mostrar emoções e afeto. Nas maiores (de até doze anos) é possível observar desânimo e falta de interesse em interagir com outras pessoas.
2. Fraqueza muscular
Como os músculos são afetados pelo raquitismo, é natural que eles percam força quando a doença se instala no organismo. Nos bebês, nota-se o choro fraco e a moleza. Nas crianças um pouco mais velhas, ocorre a dificuldade para se movimentar e a postura debilitada.
3. Cansaço
Ele é caracterizado basicamente por falta de energia, sono e uma vontade de ficar em repouso na maior parte do tempo. Tudo isso é até considerado normal após a realização de exercícios físicos, uma situação de estresse ou em dias de insônia. O grande problema é quando o cansaço começa a aparecer nas crianças depois de atividades que antes não demandavam tanta energia, então é importante ficar de olho.
4. Irritabilidade
Até que a criança consiga se expressar bem com as palavras, a irritabilidade deve se apresentar sobretudo por meio do choro. Depois, por volta dos dois anos de idade, já é provável que elas fiquem com o rosto vermelho, gritem, batam o pé no chão e joguem objetos contra a parede com frequência e/ou sem motivo aparente. Isso muitas vezes porque não estão conseguindo entender e explicar o desconforto provocado pela doença.
5. Dores ósseas
Como a estrutura dos ossos fica prejudicada, os pacientes também sentem dores ósseas, principalmente na coluna vertebral, na pelve e nas pernas – que sustentam muito o peso do corpo.
6. Deformidades ósseas
O lugar e o tipo de deformidade vão depender da idade da criança e da distribuição do peso no corpo dela. O mais comum, no entanto, é que as mais novas tenham deformidades no antebraço e na panturrilha, enquanto as mais velhas apresentem arqueamento das pernas. Em alguns casos, ainda ocorrem problemas na coluna e o engrossamento de pulsos e tornozelos, de acordo com a ortopedista Daniela Rancan.
7. Enfraquecimento dos ossos
Outro sintoma muito frequente é o enfraquecimento dos ossos, difícil de ser detectado sem a realização de exames. Muitas vezes o problema só é descoberto quando o raquitismo já está em estágio avançado e provoca alguma fratura por trauma mínimo.
8. Espasmos musculares
A falta de nutrientes e o desgaste dos músculos, característicos dos quadros de raquitismo, ainda podem provocar contrações musculares involuntárias. Em alguns casos elas são muito intensas e dolorosas, sendo, então, chamadas de cãibras.
9. Atrasos no desenvolvimento físico
O desenvolvimento da criança é outro que pode ser prejudicado, com atrasos não só no crescimento, mas também na formação da dentição e na realização dos seus primeiros movimentos.
Fonte: minhavida.com.br